História de Gideão│Quem Foi Gideão? DETALHADO

Hoje nós iremos ver a história de Gideão e também um estudo contado com muitos detalhes específicos, para que você conheça de uma maneira clara como Deus pode levantar um homem para ser um grande líder na terra. 

Muitos conhecem essa passagem do velho testamento em que um homem tem uma grande vitória com um exército de apenas 300 soldados, mas se esquecem de olhar todo o contexto da história, entendendo assim profundamente este personagem chamado Gideão que foi um juiz em Israel que libertou o seu povo da opressão do exército midianita.

Mas quem foi Gideão? Qual é a sua História?

Gideão (em hebraico: גִּדְעוֹן, Gidʻon), também chamado de Jerub-Baal, o seu nome significa “guerreiro poderoso” ou “destruidor”. Gideão era filho de Joás, da tribo de Manassés, sendo também um descendente de José. 

No período em que Gideão viveu, residia a idolatria por parte de Israel, que cultuava a Baal. Havia então um grande desprezo de Israel a Jeová, eles viviam sem praticar os princípios do Senhor, e por isso viraram uma presa fácil na mão do povo inimigo, que era chamado de os midianitas.

Os midianitas oprimiram Israel roubando, matando, invadindo, e até matando os irmãos de Gideão. Com o tempo, muitos judeus se escondiam dos midianitas, na região das montanhas, o que os levou a clamarem ao Senhor, por um Libertador.

Assim como Jesus que começou o seu ministério com 30 anos, assim também foi com Gideão. Onde neste contexto foi chamado por um anjo do Senhor para libertar o seu povo.

O chamado divino

Algo que devemos destacar em muitas histórias bíblicas é o chamado divino, e o fato de Gideão se achar incapaz da missão que Deus lhe havia confiado, nos leva a ver que muitos de nós também somos assim, nos sentimos inseguros e incapazes. Por isso Gideão pediu uma prova para saber se o Senhor estava com ele. 

Veja o Texto Abaixo:

Juízes 6:14,15

Então o Senhor olhou para ele, e disse: Vai nesta tua força, e livrarás a Israel das mãos dos midianitas; porventura não te enviei eu? E Gideão disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu o menor na casa de meu pai. 

Gideão preparou um sacrifício a Deus, e o Anjo lhe deu um sinal fazendo com que o sacrifício fosse consumido por fogo. Vendo isso, Gideão teve a confiança que precisava, de que Deus realmente estava com ele nessa batalha.

A primeira ordem de Deus a Gideão, foi para que ele destruísse o altar a Baal e também os postes Ídolos de Azera, e assim ele fez. Porém no outro dia muitos israelitas ao saberem que o altar estava destruído, quiseram matar Gideão, porém seu pai se interpôs e não deixou que isso acontecesse.

O exército de 300 homens convocado por Gideão

Gideão precisou convocar um exército, pois os midianitas estavam tramando uma guerra contra Israel. Por isso Deus tomou a Gideão o capacitando para libertar Israel.

Como Gideão não tinha experiência em batalhas, pediu mais uma vez um sinal ao Senhor. E novamente Deus lhe deu um sinal e Gideão teve a confirmação de que o Senhor estava com ele e que o seu povo seria vitorioso nesta guerra. 

Gideão convocou um exército de 32 mil homens, de quatro tribos de Israel. Porém vendo isso Deus disse a Gideão que o exército era muito grande e isso poderia gerar um orgulho caso Israel vencesse a guerra. Após isso o Senhor ordenou que todos os medrosos fossem embora e o exército foi reduzido para 10 mil homens.

Por último restaram aqueles que não eram vigilantes, mas sim eram descuidados e estes soldados também foram descartados, restando agora somente 300 homens. Mas Gideão sabia que Deus era com ele.

A Simbologia da Tropa de 300 homens

Há um significado espiritual por trás dessa escolha de 300 guerreiros, e isso vai além de uma estratégia militar, mas carrega um profundo significado espiritual. 

E qual é este significado?

Gideão foi realmente inspirado pelo Senhor escolhendo um grupo muito pequeno, e isso significou uma coisa: qualidade e não quantidade.

O significado espiritual dos 300 homens escolhidos por Gideão se reflete em homens comprometidos, fiéis e vigilantes, ou seja, eles tinham três características de que Deus se agrada em uma pessoa que verdadeiramente o segue.

O Povo de Israel é Libertado

Agora nós iremos ver a mão de Deus agindo e operando um grande milagre, pois eram apenas 300 homens contra 135.000 midianitas e aliados.

Pela ótica humana isso é algo impossível de dar certo, era impossível Israel vencer os midianitas. Porém quem estava na frente desse exército era Deus!!

Gideão então agrupou esses 300 homens e os dividiu em três grupos. E para vencer esta batalha Deus deu uma estratégia para Gideão.

A estratégia de guerra com tochas e trombetas

Se quem escolheu o exército foi Deus e quem realmente estava à frente da Batalha era Deus, as armas para essa guerra também deveriam ser dadas por Deus. 

Foi então que o Senhor deu uma estratégia para Gideão com tochas e trombetas. À meia-noite os soldados tocaram as trombetas e ergueram as tochas, e a consequência disso foi uma confusão no exército do inimigo que começou a batalhar entre si  E eles fugiram. 

Gideão convocou então convocou membros de outras tribos que perseguiam o povo midianita e matou os seus líderes!! 

Após a guerra Israel pede para que Gideão seja um rei e os domine, porém Gideão recusa esta posição e pede apenas ouro dos despojos de guerra 

Com isso Gideão faz uma veste sacerdotal e a coloca em Orfa. Esta veste posteriormente é usada como amuleto de idolatria e foi motivo de perdição para a casa de Gideão.

Como a Estratégia de Gideão Reflete a sua Confiança no Senhor

Essa estratégia reflete uma batalha vencida pela fé, pois essa ideia de usar tochas improvisadas em vez de armas que eram usadas na época, acaba destacando a dependência não de recursos humanos, mas sim da mão de Deus.

Essa é uma estratégia totalmente irracional, porém ela deve ser interpretada espiritualmente, e só pode ser praticada com uma fé extraordinária, que foi demonstrada por Gideão. Que tenhamos esta mesma fé!!

O Seu Legado duradouro

O Legado de Gideão continua até hoje, pois podemos ver em Gideão uma pessoa aparentemente medrosa, mas que tinha fé de que Deus o capacitaria para realizar a sua missão. Por isso foi chamado pelo anjo de homem valoroso (Juízes 6).

Ele também é mencionado entre os heróis da fé, passagem conhecida que encontramos em Hebreus 11, Foi o mais importante de todos os juízes que Israel já teve, sendo que ele liderou o seu povo por 40 anos. 

Sobre o legado de Gideão, Podemos destacar três principais características: Vejamos agora quais são elas.

Liderança Corajosa e Inovadora

Gideão não teve medo demonstrando uma liderança corajosa e totalmente inovadora ao usar uma estratégia única na batalha contra os seus inimigos. Ele não se moveu conforme a maioria, ou seja, ele foi criativo e fez a diferença, dependo do céu, e não da força e métodos humanos.

Fidelidade a Deus

Através da relação de Gideão com Deus, vemos que ele buscou ser fiel em cada detalhe. A sua experiência nos ensina de que Deus está no controle de cada área da nossa vida, e para que sejamos vitoriosos temos que obedecê-lo, deixando tudo em suas mãos

Recusar a Idolatria

Em um mundo cheio de Ídolos em que vivemos, onde muitos são apegados a bens materiais, pessoas, dinheiro. Gideão nos deixa um legado não só de liderança e fidelidade,  mas também de alguém que odiava a idolatria, que era um defensor da verdade, de alguém que realmente amava o Senhor acima de todas as coisas. 

E mesmo que o Gideão tenha errado e na sua família tenha acontecido muitas tragédias assim como na história de Davi. Nunca podemos esquecer um líder que levou o seu povo novamente a adorar um único Deus, através de fé, coragem e fidelidade.

O que a história de Gideão nos ensina?

Essa história nos ensina a crer na força e no poder de Deus, aqui está o segredo para vencermos, temos que depender inteiramente de Deus, foi assim que Gideão e Israel venceram, e foram livres do Midianitas.

Qual foi o erro de Gideão?

O erro de Gideão foi ter se rendido as riquezas, após vencer a batalha, pediu para cada um pendente dos despojos, porém ao fazer uma estola sacerdotal com as riquezas que recebeu, ela acabou sendo usada como amuleto de idolatria em Israel, e isso foi por tropeço a Gideão e sua casa.